Proteção contra incêndios em data centers – RTI Novembro 2024

A Revista RTI de Novembro de 2024 traz a entrevista de nosso Consultor Sênior Cláudio Cardoso sobre proteção contra incêndios em data centers.

“A C3 Consulting, localizada em São Paulo, é especializada em projetos de engenharia, consultoria e assessoria com foco em soluções para incêndios e data centers. “Temos um time de especialistas com experiência combinada de mais de 30 anos em diversos segmentos, como civil, arquitetura, ar-condicionado, elétrica, cabeamento, incêndio, controle de acesso e automação, ou seja, um pacote completo para projetar e construir um data center”, afirma o consultor sênior Claudio Cardoso, engenheiro com mais de 25 anos de experiência no setor. Em pouco mais de dois anos de atuação, a C3 Consulting executou mais de 50 projetos e serviços para empresas como V.Tal, Taesa, Microsoft, GM, Furnas e Vale. “Com nossa articulação e networking comercial, estamos realizando importantes projetos e conquistando clientes renomados, que buscam o atendimento a normas internacionais e certificações técnicas que podemos oferecer”, destaca.

Para estar alinhada aos padrões de segurança e desempenho, a C3 Consulting é membro de diversas entidades, como a ABDC – Associação Brasileira de Data Centers, a NFPA – National Fire Protection Association e a ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, além de contribuir no Comitê Técnico CB-021 (Tecnologias da Informação e Transformação Digital) e da Comissão de Estudo 39, que está elaborando a norma brasileira de data centers, a NBR ISO/IEC 22237.

Dividida em sete partes, a norma NBR ISO/IEC 22237 abordará os diferentes aspectos relacionados a data centers, desde o design até a gestão e operações. As partes 1, 3, 4 e 5 já foram publicadas pela ABNT. A parte 6 trata de segurança em data centers, incluindo proteção contra incêndio, controle de acessos não autorizados e segurança patrimonial e ambiental. “Contribuímos com a tradução da ISO/IEC 22.237 e estamos incluindo adaptações”, diz Cardoso, coordenador da parte 6.

Segundo ele, depois a norma seguirá para consulta pública e a expectativa é que até o início do ano de 2025 seja publicada. A proteção contra incêndio compreende aspectos como a detecção de fumaça, detecção precoce, combate por gás e combate por watermist (água em névoa). A segurança patrimonial está ligada ao controle de acesso, liberação e travamento de portas e uso de câmeras de CFTV capazes de detectar riscos e focos de incêndio. Por fim, a segurança ambiental compreende o monitoramento de parâmetros como a temperatura e umidade do ar. O time da C3 Consulting também participa do CB 24 – Comitê Brasileiro de Segurança Contra Incêndio da ABNT, que publicou recentemente a NBR 17186/2024 – Sistema de proteção contra incêndio por watermist.

Para extinção do incêndio, com a decisão da 3M de encerrar a fabricação do agente extintor limpo Novec 1230 a partir de 2025, a C3 Consulting tem especificado agentes extintores gasosos limpos, como IG-1 (argônio), IG-100 (nitrogênio), IG-55 (nitrogênio e argônio) e IG-541 (52% nitrogênio, 40% argônio e 8% de CO2). “Os gases inertes voltaram a ser uma opção muito interessante. A tecnologia evoluiu. Antes o sistema era complexo, com muitas válvulas de redução de pressão, cilindros apenas a 200 bar, tubulações Sch 80 a Sch 120 e uma série de questões técnicas que tornavam o sistema caro de instalar e manter. Hoje, todas as tecnologias de gases inertes usam descarga controlada de baixa pressão. As válvulas são diferentes e as tubulações são Sch 40. Então hoje projetamos muito mais os agentes extintores gasosos inertes, que realmente são da atmosfera”, diz.

Estudos mostram que agentes extintores químicos como FK 5-1-12 ou FM 200 são mais caros na recarga, além de a cada cinco anos ser necessário realizar o teste hidrostático da NR-13. “Ao longo de 10 anos, o usuário vai ter que custear recarga parcial pelo menos duas vezes. Se ele implantar o agente extintor inerte, daqui a cinco anos ele pode repor com custo irrisório quanto ao gás propriamente dito”, diz. A figura abaixo mostra que vale a pena pensar no TCO – Total Cost of Ownership na hora de se decidir entre químicos e inertes.

Segundo o consultor sênior, na Europa e EUA muitos projetos voltaram a preferir o uso da água para extinção de incêndio, com sprinklers com pre-action ou watermist, sendo que este último não danifica, não causa curto-circuito e é aprovado para uso em data centers por vários órgãos. “Há novas formas de ver o data center em função da velocidade da troca de tecnologias. A cada cinco anos os equipamentos já foram todos trocados. Então o uso de caros e complicados sistemas de combate está sendo repensado”, finaliza.”

Veja a entrevista completa:

https://issuu.com/aranda_editora/docs/rti_novembro_2024/16: Proteção contra incêndios em data centers – RTI Novembro 2024

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